Administração: Das teorias clássicas até Lean

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Antes de começar

O artigo abaixo é apenas uma amostra das teorias e abordagens utilizadas desde 1911 até os dias atuais. É importante destacar que nós da Furlani Consultoria Lean e Educação Corporativa passamos anos estudando e adequando todas essas teorias e tecnologias para melhor uso em pequenas empresas. Isso não quer dizer que usaremos fundamentos de 1911 para um trabalho em sua empresa, apenas usamos o conhecimento adquirido para proporcionar a você e sua empresa resultados rápidos com baixos investimentos. Agende uma reunião que pode ser online ou presencial para entender melhor nosso trabalho.

Administração: Das Teorias Clássicas até o Lean

A administração é uma área de conhecimento que evoluiu significativamente ao longo dos anos, influenciada por diversos pensadores e práticas empresariais. Este artigo traça um panorama histórico das principais eras da administração, culminando no Lean Manufacturing, e oferece perspectivas futuras sobre a gestão empresarial. Mesmo as teorias e práticas administrativas passadas ainda possuem relevância e podem ser aplicadas de forma eficaz no contexto atual. Pequenas empresas, em particular, podem extrair valiosas lições dessas abordagens para obter resultados extraordinários. Ao compreender e integrar os princípios das teorias clássicas e modernas, as organizações podem desenvolver uma base sólida para a inovação e a excelência operacional.

A Era Clássica: Fundamentos da Administração Científica

O início formal da administração como ciência remonta ao final do século XIX e início do século XX, com a era clássica. Frederick W. Taylor é um dos nomes mais proeminentes desta fase, conhecido como o pai da administração científica. Em 1911, Taylor publicou "The Principles of Scientific Management", onde defendia a aplicação de métodos científicos para melhorar a eficiência dos processos produtivos. Ele introduziu conceitos como o estudo de tempos e movimentos, a divisão do trabalho e o pagamento por desempenho.

Outro grande nome da era clássica é Henri Fayol, que, em 1916, publicou "Administration Industrielle et Générale". Fayol propôs os 14 princípios da administração, como divisão do trabalho, autoridade e responsabilidade, unidade de comando e subordinação do interesse individual ao interesse geral. Enquanto Taylor focava no chão de fábrica, Fayol abordava a administração de forma mais ampla, incluindo a alta gerência.

Os 14 princípios propostos por Fayol.

1. Divisão do Trabalho:

  • O trabalho é dividido em tarefas menores e especializadas, aumentando a eficiência e a produtividade dos colaboradores.

2. Autoridade e Responsabilidade:

  • Os líderes possuem autoridade para tomar decisões e exigir resultados, mas também assumem a responsabilidade por seus atos.

3. Disciplina:

  • A disciplina é essencial para o bom funcionamento da organização, exigindo obediência às regras e respeito mútuo entre colaboradores e líderes.

4. Unidade de Comando:

  • Cada colaborador deve ter apenas um superior direto, evitando conflitos de instruções e garantindo clareza na hierarquia.

5. Unidade de Direção:

  • Os esforços da organização devem ser direcionados para um único objetivo, garantindo coesão e evitando dispersão de recursos.

6. Subordinação dos Interesses Individuais aos Interesses Gerais:

  • Os objetivos da organização devem prevalecer sobre os interesses individuais dos colaboradores, promovendo o bem-estar coletivo.

7. Remuneração:

  • A remuneração deve ser justa e adequada ao valor do trabalho realizado, motivando os colaboradores e reconhecendo seu desempenho.

8. Centralização:

  • A medida de centralização das decisões deve ser proporcional ao tamanho da organização e à natureza das atividades.

9. Hierarquia:

  • A cadeia de comando deve ser clara e definida, facilitando a comunicação e a tomada de decisões.

10. Ordem:

  • Um ambiente de trabalho organizado e limpo contribui para a eficiência, a produtividade e a segurança dos colaboradores.

11. Equidade:

  • Os colaboradores devem ser tratados com justiça e imparcialidade, criando um ambiente de trabalho positivo e motivador.

12. Espírito de Corpo:

  • O trabalho em equipe e a união entre os colaboradores são essenciais para o sucesso da organização.

13. Duração do Mandato do Pessoal:

  • Os colaboradores devem ter tempo suficiente para se adaptarem às suas funções e desenvolverem suas habilidades.

14. Iniciativa:

  • Os colaboradores devem ser incentivados a tomar iniciativa, buscando soluções criativas e inovadoras para os desafios da organização.

Os 14 princípios de Fayol, apesar de terem sido formulados há mais de um século, permanecem relevantes e servem como base para a gestão eficaz em diversos setores. Ao compreendê-los e aplicá-los de forma criativa, líderes e organizações podem navegar pelos desafios do mundo moderno e alcançar o sucesso duradouro.

A Era das Relações Humanas: Foco no Comportamento Humano

Nos anos 1930, surge a Escola das Relações Humanas, que coloca ênfase no fator humano dentro das organizações. Um dos experimentos mais influentes desta era foi o estudo de Hawthorne, conduzido por Elton Mayo na Western Electric Company, em Chicago, entre 1927 e 1932. Os resultados mostraram que aspectos sociais e psicológicos do trabalho, como a atenção dada aos trabalhadores e a coesão do grupo, impactavam diretamente na produtividade.

Mayo e seus colegas concluíram que os fatores humanos e sociais eram tão importantes quanto os fatores técnicos na administração, introduzindo uma nova visão que complementava as abordagens rígidas da administração científica e da teoria clássica.

A Era dos Sistemas: Abordagem Sistêmica da Administração

Nas décadas de 1950 e 1960, a Teoria dos Sistemas trouxe uma perspectiva mais integradora à administração. Ludwig von Bertalanffy foi um dos pioneiros desta abordagem, que vê a organização como um sistema composto por diversas partes inter-relacionadas e interdependentes. Essa visão sistêmica enfatiza a importância de entender como os diferentes elementos da organização interagem entre si e com o ambiente externo.

A Teoria dos Sistemas influenciou significativamente o desenvolvimento de métodos de gestão mais complexos e interdisciplinares, como a Teoria Contingencial, que propõe que não há uma única maneira de gerenciar uma organização. Em vez disso, a melhor abordagem depende de uma variedade de fatores situacionais.

Lean Manufacturing: Eficiência e Eliminação de Desperdícios

Nos anos 1980, o Lean Manufacturing emergiu como uma poderosa filosofia de gestão, principalmente devido ao sucesso do Sistema Toyota de Produção (TPS). Taiichi Ohno, engenheiro da Toyota, é frequentemente creditado como o arquiteto do TPS. Ohno, com Shigeo Shingo, desenvolveu métodos para eliminar desperdícios (muda), melhorar a eficiência e aumentar a qualidade.

O Lean Manufacturing se baseia em princípios como a melhoria contínua (kaizen), produção puxada (just-in-time), e a autonomação (jidoka). A publicação do livro "The Machine That Changed the World" em 1990, por James P. Womack, Daniel T. Jones e Daniel Roos, ajudou a popularizar o Lean fora do Japão, demonstrando como as empresas podem alcançar vantagens competitivas significativas ao adotar esses princípios.

Perspectivas Futuras: Digitalização e Sustentabilidade

O futuro da administração aponta para uma crescente digitalização e foco em sustentabilidade. A Indústria 4.0, caracterizada pela integração de tecnologias avançadas como Internet das Coisas (IoT), inteligência artificial (IA) e big data, está transformando a maneira como as empresas operam. Essas tecnologias permitem uma gestão mais precisa e adaptável, otimizando processos e melhorando a tomada de decisões em tempo real.

A sustentabilidade também está se tornando um pilar central na administração moderna. Empresas estão cada vez mais comprometidas com práticas sustentáveis, não apenas por questões éticas, mas também por vantagens competitivas. A economia circular, que busca minimizar resíduos e maximizar o uso de recursos, é um exemplo de abordagem que está ganhando tração.

Empresas como Tesla e Unilever são exemplos de organizações que estão liderando essas mudanças. A Tesla, por exemplo, utiliza tecnologias avançadas para produzir veículos elétricos e baterias, contribuindo para a redução de emissões de carbono. A Unilever tem se destacado por suas práticas de sustentabilidade e compromisso com o desenvolvimento sustentável em toda a sua cadeia de valor.

Conclusão

A administração evoluiu significativamente desde os tempos de Taylor e Fayol, passando pelas abordagens humanísticas e sistêmicas, até chegar ao Lean Manufacturing e além. O futuro aponta para uma administração cada vez mais digital e sustentável, onde a integração de novas tecnologias e práticas ambientais será crucial para o sucesso das organizações. Adaptar-se a essas mudanças e incorporar essas novas perspectivas será fundamental para as empresas que buscam manter sua relevância e competitividade no mercado global.

Nosso foco é o crescimento de pequenas empresas

 

 

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