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TogglePor que deu errado? Os desafios na implantação de um modelo de Produção
Desafios na Implantação de Modelos de Produção
Muitas organizações enfrentam as mesmas perguntas recorrentes ao tentar implementar um modelo de produção ou filosofia de trabalho:
- Por que a implantação de um modelo de produção ou filosofia de trabalho não se torna perene?
- Por que deu certo na empresa “A” e na minha empresa não dá certo?
- Por que as pessoas não aderem às melhorias?
Comuns Justificativas e Comentários
É comum ouvir comentários como:
- "Isso dá certo na empresa 'A' porque lá os líderes são firmes."
- "Isso dá certo 'lá' porque os salários são maiores."
- "Isso dá certo lá porque é uma multinacional."
Reflexões Sobre Essas Perguntas e Comentários
Mas será que essas perguntas e afirmações são verdadeiras? Muitas empresas, inclusive aquelas onde trabalhei antes de ser consultor em Lean Manufacturing, passam por situações semelhantes.
O Entusiasmo Inicial e o Desgaste ao Longo do Tempo
Sempre que há um programa de melhoria, os mais entusiasmados lutam com todas as forças para que ele dê certo. Promovem melhorias muitas vezes espetaculares, dignas de apresentação em seminários ou workshops. No entanto, após alguns meses, o entusiasmo começa a diminuir, e o que se nota é um abandono do programa de melhoria proposto.
A Natureza das Dificuldades: Não é Culpa de Ninguém
Esses resultados não são culpa de ninguém; são apenas reflexos da maneira como foi conduzida a implantação. Há sempre um grupo que resiste às melhorias — a diferença entre ser "idoso" e "velho". O idoso busca melhorias constantemente, enquanto o velho se recusa a mudar o que faz há anos. Porém, essa resistência não deve ser considerada o principal fator para o fracasso.
Estatísticas e o Verdadeiro Impedimento: O Fator Humano
Existem até mesmo estatísticas que mostram o que pode dar errado na implantação de qualquer programa de melhoria (disponíveis nos cursos EAD e presenciais que você pode encontrar em www.cdc.furlani.net.br). Contudo, o verdadeiro impedimento para a evolução dos programas de melhoria é o fator humano.
A Importância dos Ativos de Conhecimento
Segundo Liker e Convis (2013), a resposta a essas perguntas e contra-argumentos está na forma como a empresa gerencia seus ativos. Eles destacam que as empresas possuem dois tipos de ativos distintos, mas inter-relacionados:
- Ativos de Capital: Relacionados à capacidade da empresa de adquirir processos, tecnologias, equipamentos e instalações com foco no curto prazo.
- Ativos de Conhecimento: Voltados para o incremento de conhecimento e desenvolvimento intelectual dos colaboradores, ligados ao médio e longo prazo.
A Nova Definição de Processos
O ativo de conhecimento tornou-se tão importante que as definições tradicionais de processos, como “uma sequência de atividades” ou “uma sequência lógica e inter-relacionada de atividades para gerar valor”, estão sendo revisadas. Agora, processos são vistos como redes colaborativas de pessoas com o objetivo de atingir um determinado resultado, que deve gerar impactos humanos positivos (PAVARINI et al., 2013).
A Importância do Crescimento Contínuo do Ativo de Conhecimento
Empresas focadas no crescimento contínuo do ativo de conhecimento, ou seja, de seus colaboradores, tendem a se tornar empresas de aprendizagem. Isso permite que os colaboradores sejam habilitados para novas tecnologias e métodos de gestão.
Conclusão: O Sucesso na Jornada de Melhoria Contínua
Portanto, para que uma empresa tenha sucesso em sua jornada de melhoria contínua, é fundamental que dê ênfase à atenção ao ativo de conhecimento.
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Meu nome é Kleber Furlani sou formado em engenharia mecânica com pós-graduação em gestão de projetos e processos organizacionais. Possuo mais de 30 anos em manufatura e mais de 20 anos em gestão Lean, gestão de processos e gestão do conhecimento. Trabalho para que pessoas e empresas usufruam de todo potencial das técnicas da engenharia de produção.